Publicado por Coach Ruth Lunardelli
Quem passou dos 30 e ainda não casou ou arranjou um parceiro firme, com certeza já se fez essa pergunta. Vai dizer que não?
Nessa correria de mundo moderno, tendo que dividir seu tempo entre tantos afazeres (trabalho, academia, cabeleireiro, saídas com amigas), acaba ficando até fácil “esquecer” que aquele moço montado no tão sonhado cavalo branco ainda não apareceu.
De acordo com várias clientes solteiras, no final do domingo, passada a euforia do final de semana, as baladas, encontros, agitos, bate aquela deprê, aquela sensação de vazio que dói na alma. Muitas trocariam toda essa badalação por um colo aconchegante, uma TV a dois, alguém para esquentar o outro lado da cama.
No afã de fugir dessa dor, muitas vezes elas acabam saindo de novo no próprio domingo à noite, mesmo sabendo que podem encarar uma ressaca brava (moral ou etílica) na segunda e começar a semana rezando para o final de semana chegar logo e começar tudo de novo. Afinal, o desconforto de passar tempo sozinha consigo mesma é muito pior.
Essa dinâmica pode acabar levando, sem que percebam, a um círculo vicioso. A rotina acaba muitas vezes girando em torno de coisas que não são nossa prioridade no momento. Exemplo: “quero arranjar um namorado, mas não conheço ninguém interessante nos lugares que frequento”.
Então pergunto às minhas clientes: que tipos de lugares você anda frequentando? Pois isso diz muito sobre o tipo de pessoas que acabamos atraindo. Claro que nada impede de conhecermos o nosso príncipe encantado numa festa ou balada, mas muitas vezes, os homens que ali estão também buscam diversão. Não estão necessariamente focados em procurar uma parceira. E, como eles mesmos dizem: “o que vier é lucro”.
Segundo eles, muito do quererem saber mais sobre uma mulher que conhecem à noite depende do comportamento e da postura dela. Encher a cara, enrolar a língua, fazer altos passos na pista de dança e ir embora quando já estão varrendo o local certamente não ajudam. Por outro lado, a mulher também não precisa ser puritana ao ponto de passar a noite abstêmia, num canto isolado ou rosnando para qualquer um que chegue para conversar com ela feito um pitbull.
Isso vale para qualquer tipo de programa, inclusive uma ida ao parque ou se juntar a um grupo para correr, pedalar ou praticar alguma atividade ao ar livre. Não adianta querer chamar a atenção falando alto, comprando os equipamentos de última geração para mostrar que está super antenada e não entregar na hora do exercício. Nem tentar já ficar íntima logo nos primeiros cinco minutos de conversa, chamando o moço pela primeira sílaba ou contando detalhes do seu passado. Isso acaba passando uma imagem de ansiedade e carência, que pode acabar afugentando os homens.
Ficar em casa enrolada no cobertor, de moletom, com pote de sorvete e fazendo maratona de Netflix todo final de semana também não resolve. Tem que colocar a cara para fora, nem que seja para comprar uma comidinha gostosa ou andar no parque. Nunca se sabe quem podemos encontrar ou conhecer numa saída totalmente despretensiosa…
Então o que fazer?
Não existe receita pronta e infalível. Ao trabalhar essa questão com minhas clientes, a primeira pergunta que faço é: quão focada e determinada você está em arranjar um parceiro? Afinal, para que um processo de coaching tenha resultado, é necessário estar focada e comprometida a fazer aquele resultado acontecer. Não adianta dizer que está focada e não cumprir as ações que se propôs a realizar. Seu objetivo só pode ser atingido se você AGIR.
Se seu foco é encontrar alguém que possa valer a pena, primeiro, dê-se a oportunidade de conhecer essa pessoa. Conheceu uma pessoa? Então mostre a esse alguém que VOCÊ vale a pena! Se valorize, cuide de você e da sua imagem com muito carinho. Quantas vezes não damos dicas para as nossas amigas sugerindo que sejam mais receptivas, suaves ou discretas ao conversar com potenciais candidatos? Porque não aplicar essas dicas com você mesma e ver o resultado?
Outro ponto importantíssimo: seja autêntica e aja de acordo com os seus valores. Não precisa fingir ser algo que não é para impressionar alguém. Pode até funcionar no primeiro momento. Mas com o passar do tempo, a conta chega e pode ser cara. Bancar uma personalidade que não é a nossa não só nos exaure, como ainda pode nos fazer ficar mal aos olhos do outro. Nada melhor do que ser você mesma. Se um homem se interessar por você desse jeito, as chances da coisa avançar são muito maiores e você se sentirá muito mais confortável e agirá naturalmente. Se não der certo, tenha a certeza de que não fez nada de errado. Simplesmente não bateu. Toda relação é uma via de mão dupla e só podemos nos responsabilizar pela parte que depende exclusivamente de nós.
Claro que é sempre bom fazer uma checagem e ver se havia algo que poderia ter sido feito de modo diferente. Se for esse o caso, bola pra frente e vamos colocar esse aprendizado em prática da próxima vez. Se não havia nada de diferente a ser feito: azar o do homem que não sabe a mulher que perdeu e sorte daquele que souber lhe dar valor!
Sempre bom lembrar que um processo de Coaching Individual focado em relacionamentos pode te ajudar, e muito!
Comentários